Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

Si hortum in biblioteca habes deerit nihil
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20 de agosto de 2013

E no entanto ela vive!




Pois parece que afinal PL ainda não deu o último suspiro! Fico feliz, penso que ficamos todos! Sub-repticiamente, direi mesmo que subterraneamente, apercebemo-nos que o silêncio da rua bordejada pelos habituais automóveis estacionados (ainda um dia averiguarei a razão de tanto carro numa terra sem gente), as fachadas arruinadas e as janelas cerradas, ocultam frustradas tentativas progressistas e guerras intestinas que, não sendo embora sintomas risonhos mostram que o doente respira, deprimido mas respira.

Fotografia retirada da net
Descobri aqui  o motivo. Acho que percebi bem do que li: um grupo de pessoas, sócias e amigas da Associação (?), segundo dizem, querem revitalizar a dita que, também segundo dizem, está fechada há ano e meio (o período de tempo não sei precisar, mas sou testemunha do desarrumo que impera desde a última iniciativa ao ar livre que me obrigou a ter que dar um jeito no caos fim-de-festa que ninguém limpou, se quis  ter acesso a uma propriedade minha) não tendo tido, da parte de quem tem a chave, receptividade para lhes passar o testemunho, isto é, a dita chave. Acha o grupo que, uma vez que quem a tem (a chave) mantém as instalações fechadas e não promove iniciativas, então que a passe a quem lhe dê uso.

Confesso que não deixa de me parecer bizarra esta dança das chaves: trabalhas tens a chave, não trabalhas dá cá a chave. Será que foi sempre assim que funcionou a transferência de dirigentes  ao longo dos anos? Se foi, afigura-se que deixou de o ser pois os actuais detentores não querem dar a mão, perdão a chave, aos pretendentes.
Parece-me bem, eu cá também não dava.
Não me parece bem que se dê uma coisa que não é nossa.
Não me parece bem que, quando não  apetece fazer uma coisa, ou não se pode ou não se quer, não se deixe os outros fazerem, se quiserem, se lhes apetece e se têm uma vontade irreprimível. Sobretudo se essa  coisa é, em principio, para o bem público e decorre num local que não é   propriedade particular.
Finalmente, parecia bem a toda a gente sensata que se fizesse o que estipulam as regras, a instituição há-de ter estatutos ou,  não os tendo, a Lei geral determina procedimentos a adoptar nestas circunstâncias.
A resolução será facílima comparada  com o ridículo e a aparente mesquinhez da situação. Promover uma  assembleia geral de sócios honra a história da colectividade, agrega pessoas,  contribuí para manter a terra viva.
O provável sucessor não é do agrado de quem sai? Temos pena! Como dizia o outro, ainda não se arranjou nada melhor que a democracia!
Declaração de interesses (eu andava doida para usar esta expressão que está agora muito na moda): não sei quem são as pessoas que constituem os órgãos que “têm a chave” assim como não conheço  “aqueles que a pretendem”, mas quero muito que Porto da Lage tenha presente.(MFM)

3 comentários:

  1. Guerra de tronos, sem trono.
    Quando não se tem onde reinar ocupam-se locais "públicos" em detrimento do interesse comum.

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  2. Demos Nomes ás coisas:

    Quem tem a chave é o Sr Luis. Presidente da associação. Nao da e nao quer ser mais perturbado por este assunto. poe a chave no bolso e nao quer fazer nem que ninguem faça.

    a Direcção em silencio, não dá seguimento ao caso(nem tem interesse em dar).

    nos primeiros meses telefonei, andei atraz tanto do sr Luis como do Sr Henrique(elementos da direcção) que sempre não deram seguimento.

    O presidente da assembleia, Henrique Bento, mora longe e apos telefonemas tambem disse que ia resolver...até hoje nada.

    a equipa que quer trabalhar na associação e constituida por ex elementos directivos, entre gente da terra e de fora que se juntarão a este projecto.

    nos ultimos dois meses desisti um pouco de tentar... Fui maltratado ao telefone pelo sr Presidente... Sr Luis.

    Como entendo que não tenho de ser mal tratado por ninguem para tentar reabrir uma associação com mais de 75 anos, que ta fechada, por sinal da terra onde nasci, não voltei a falar com ninguem.

    Como o grupo de pessoas continua interessado, eu vou avançar com uma carta ao presidente da assembleia, e depois se calhar terei de ir a justiça...

    tristeza de mentalidade... quero posso e mando... nao faço nem deixo fazer...

    Pedro Santos

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  3. vive mas fechada... a espera da morte

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